Porto de Cultura

Nossa memória se constitui de inúmeros fragmentos formando o tecido de nossas vivências. Como um baú depositário de lembranças guardamos imagens de nossas experiências de vida.
Com este trabalho percorri lugares em busca destas imagens. Busquei registrar por meio da fotografia as manifestações de memória presentes nos ambientes de convívio dos descendentes de imigrantes italianos de Nova Veneza, Santa Catarina. Fui em busca dos testemunhos de um passado que ainda vive, mesmo ressignificado, no presente destas pessoas.
Neles encontrei as casas, com seus ambientes de habitação, de trabalho, de convívio. Espaços que alimentaram projetos de vida, conquistas e frustrações. Lugares que reativam sonhos, poéticas, devaneios da nossa consciência subjetiva.
Por estas imagens busquei também reencontrar um eu, que reside imerso em laços afetivos interiorizados. Lugares de lembranças de um passado, de experiências vividas, especialmente na velha casa de meus avós maternos. Rastros e restos. Ausências e permanências. Um confronto emocionado com marcas de infância, onde o que foi, o que não existe mais, ainda é.

Se você pudesse resumir seu ensaio em um som qual seria?
Coaxar noturno de sapos.

Título do ensaio: Rastros

O que é fotografia para você?

Fotografar é utilizar-se de um mecanismo em favor de uma intenção. A imagem cria conexões, comunica. Por ela somos afetados, seja o fotógrafo que a produz, seja o espectador que a contempla.

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