Marly Porto e a artista visual Lívia Radwanski conversaram sobre imagens que retratam as periferias das grandes cidades do Brasil e do o México.
A palestra aconteceu no Instituto Guimarães Rosa, espaço vinculado ao Centro Cultural Brasil México, localizado na Cidade do México.
O papo teve por objetivo ampliar e visibilizar a produção autoral fotográfica desenvolvida por artistas que vivem nas periferias, favelas, quebradas, ocupações, quilombos, aldeias, compensados, alagados, encostas e guetos.
Durante a apresentação trouxemos as vozes dos fotógrafos brasileiros Allan Cunha (São Paulo, SP) e Ana Luzes (Vitória, ES) e ainda tivemos a oportunidade de conhecer a produção autoral do fotógrafo Léu Britto e da artista visual Lívia Radwanski.
Allan Cunha apresentou imagens de seu ensaio “Morada”.
“Morada” apresenta uma sequência de imagens de moradias retratadas em diferentes lugares da periferia, favelas, das quebradas da Zona Leste de São Paulo, especificamente nos bairros de São Miguel Paulista, Ermelino Matarazzo, Itaim Paulista, Jardim Romano, Itaquera, São Mateus, Guaianases e Cidade Tiradentes e Itaquaquecetuba na região do Alto Tiete, entre 2015 e 2022.
Ana Luzes, moradora da periferia de Vitória (Espírito Santo) trouxe para a conversa imagens de seu ensaio “Só mais um neguin”: um retrato em primeira pessoa que busca ampliar o discurso sobre ser negro no Brasil em toda sua riqueza cultural e ancestral.
“A gambiologia da sevirologia” foi o ensaio do fotógrafo Léu Britto que Marly Porto apresentou. Léu Britto é um fotógrafo que nasceu na Favela Monte Azul, na zona sul na cidade de São Paulo. As imagens do ensaio mostram como a população que vive às margens, nas quebradas e periferias da cidade de São Paulo, desenvolveu estratégias para sobreviver e se adaptar às inúmeras adversidades, diante de um contexto repleto de ausências. As pessoas se viram com o que têm e, se não têm, continuam em frente, se viram mesmo assim, e fazem acontecer.