Porto de Cultura

Terra terreno território busca refletir sobre como é ser indígena numa grande cidade no século XIX.  As imagens documentais, captadas digitalmente, foram impressas de forma artesanal utilizando a luz solar e a própria folha de planta como suporte, num processo oriundo do século XIX chamado fitotipia.
A feitura das impressões é quase ritualística e remete aos fazeres manuais e mergulho nos processos tão importantes nessas comunidades. A ligação dos indígenas com a terra, com a mata e com os ciclos da natureza é muito presente, mesmo dentre os que estão na cidade há bastante tempo.
Como a natureza – onde tudo se transforma – esse processo produz imagens impermanentes que vão sofrendo interferências com a passagem do tempo. Do mesmo modo que a cultura indígena está em permanente transformação (e não congelada no tempo de 500 anos atrás), as imagens também se transformam (a folha, viva, seca, faz fendas, se contorce, dialogando com a imagem impressa), podendo chegar até o apagamento dependendo das condições de luz – referência também ao apagamento histórico que esta cultura sofre ao longo dos anos.  
A proposta favorece a discussão acerca da fotografia e de seu caráter de memória e documento como algo imutável, ampliando seus contornos e podendo se vincular ao documental de forma bem mais subjetiva.

Se você pudesse resumir seu ensaio em um som qual seria?
Toré

Título do ensaio: terra terreno território

O que é fotografia para você?

Uma possibilidade de reflexão e poesia.

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