05/04/2023 - 19hs
Ale Ruaro nasceu no Sul do Brasil em uma cidade fundada pela imigração Italiana. Frequentou uma escola cristã onde nunca se enquadrou. No dia em que seu professor afirmou que a fotografia brasileira não tinha história saiu da sala dizendo que iria escrever sua parte e abandonou a universidade. Nunca deixou de ler e pesquisar sobre imagem, antropologia e filosofia. O ser humano sempre como seu principal interesse. A partir dos 19 anos de idade, concentrou todas as energias na fotografia. Trabalhou profissionalmente fotografando teatro, publicidade e arquitetura ao longo de 14 anos. Sempre desconfortável com a fotografia comercial, nunca se imaginou como funcionário de um aparelho, como um operador técnico. Em 2009, já saturado, queimou todas as imagens que havia produzido com cinco litros de gasolina. Eliminou o que havia de tóxico na vida e começou ali seu trabalho como artista. Hoje vive na região central de São Paulo, um universo rico e complexo que sempre amou e com o qual se identifica por inteiro. Seu interesse profundo pelo ser humano vem da escassez profunda de afeto, dinheiro e compreensão que viveu durante grande parte da vida. Teve poucos amigos na escola, sempre foi diferente, estranho e isso faz com que consiga olhar profundamente e sem julgamentos para si e para os outros. Amar a metrópole vem do fato de que há muita gente, muitas possibilidades, muita diversidade, tudo se dissolve e é possível sentir-se acolhido. Seu trabalho integra importantes coleções privadas brasileiras de fotografia. Publicou nove fotolivros e o décimo já está em produção. Ale realizou exposições individuais em importantes encontros fotográficos como o Festival Hercule Florence e o Festival de Fotografia de Paranapiacaba e, em breve vai inaugurar outras duas ainda este ano na Biblioteca Mario de Andrade e no Instituto Europeu de Design. Participou de um grande número de mostras coletivas em conceituados espaços culturais como Museu de Arte Contemporânea de Niterói e Museu de Arte do Rio Grande do Sul Ado Malagoli. Teve suas imagens contempladas em concursos brasileiros e internacionais.
Fernando é professor, fotógrafo e curador independente. Graduado em Jornalismo com Mestrado em Comunicação Social. Ministra cursos livres online e orienta individualmente projetos fotográficos, ensaios, livros, exposições etc. Atuou como professor na UNISINOS-RS, PUC-RS, Ateliê Fotô/SP, Museu da Imagem e do Som – SP e SESC-SP. Já ministrou workshops em Montevidéu, São Paulo, Porto Alegre, Recife, Belém e em mais de 60 municípios do interior do Estado de São Paulo. Teve o trabalho A Coleção do que Há selecionado para a exposição do IX Prêmio Diário Contemporâneo. Belém, 2018. Participou entre maio de 2016 e novembro de 2017 da plataforma Caminos Conjuntos do MUFF - Festival Internacional de Fotografia do Uruguai, onde desenvolveu o trabalho A Coleção do que Há com exposição realizada em Montevidéu. Foi finalista da convocatória para publicação de fotolivros latino-americanos do CdF com o trabalho Método. Montevidéu, 2017. Realizou com Letícia Schwartz e Magali Hochberg a exposição O Que Você Vê? no Canoas Shopping. Canoas, 2016. Ouro no prêmio Colunistas Sul 2017- Categoria Inovação. Foi selecionado para as Leituras de Portfolio do IV Fórum Latino Americano de Fotografia em 2016 com o trabalho Todas Memórias. Foi finalista do Prêmio Conrado Wessel 2013 com o Ensaio Vocação Singular. Expôs o trabalho Sobre Vagalumes a Alvenarias na IV Mostra SP de Fotografia. São Paulo, 2013. Participou do VII Paraty em Foco com a instalação Coisas Vazias. Paraty, 2011. Possui trabalhos nas coleções Joaquim Paiva/ MAM-RJ, MARGS e MAC-RS.